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Destaque do G1AM
Ângelus Figueira (DC) acredita que o pequeno produtor é o grande responsável por manter a floresta em pé. No entanto, essa conquista precisa trazer retorno para a população.
O deputado Ângelus Figueira, do Democracia Cristã, defende que haja um maior incentivo para o setor primário da economia amazonense. Ex-prefeito de Manacapuru, no interior do estado, ele acredita que o pequeno produtor é o grande responsável por manter a floresta em pé, mas que precisa de compensação e perspectiva para as futuras gerações.
A entrevista com o deputado faz parte do projeto Amazônia Que Eu Quero, da Fundação Rede Amazônica (FRAM). Os outros 23 deputados estaduais também serão convidados a participar da série de entrevistas.
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A ideia é iniciar um debate sobre o dia a dia da população que vive na região, conscientizando as pessoas em relação ao voto e incentivando a exigirem seus direitos junto aos governantes.
“Precisamos viabilizar o pequeno produtor com financiamento, com crédito. No Amazonas, ano passado, o pequeno produtor recebeu menos de R$ 500 milhões de crédito para o setor primário, enquanto o Pará recebeu R$ 9 bilhões. Rondônia recebeu mais de R$ 8 bilhões. É entristecedor. O homem do interior não precisa de esmola. Ele precisa de financiamento, de viabilidade para poder evoluir. Precisamos atuar fortemente no setor primário”.
Ângelus também falou sobre a preservação da Amazônia. Segundo ele, os ribeirinhos tem a cultura de preservar a floresta, mas que precisam de apoio e incentivos para as futuras gerações.
“A cobertura vegetal do Amazonas passa de 75%. Não existe estado nenhum no Brasil e no mundo que tem uma cobertura dessa. No entanto, isso não tem trazido retorno para as nossas populações. Acompanhamos o mundo preocupado com a questão ambiental em relação especificamente ao Amazonas, e não ao reconhecimento a esse homem do setor rural, para que chegássemos em 2021 com essa cobertura vegetal. Os amazonenses tradicionais, que são os ribeirinhos, tem o hábito da conservação da floresta e têm práticas desejáveis para manter isso. Mas eles precisam de apoio”.
O deputado também falou que a participação popular no legislativo cresceu com o passar do tempo. No entanto, é preciso que as pessoas procurem se inteirar mais sobre as atividades, até como uma forma de fortalecer mecanismos de comunicação.
“Hoje tem a televisão para acompanhar, ver o que estamos votando. Temos também o trabalho da imprensa, e eu sempre busco discutir com a população as leis que a nossa equipe propõe. Procuramos trazer a população para dentro da discussão sempre”, finalizou.