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De acordo com uma análise feita pela empresa de consultoria Gartner, até 2026, haverá mais de um milhão de drones realizando entregas de varejo. Atualmente, a tecnologia desempenha um papel importante na resposta à pandemia do novo coronavírus.
Isso pode acelerar a adoção dos drones no futuro em diversas áreas. Segundo Pedro Pacheco, analista da Gartner, os governos terão um papel fundamental a desempenhar na implantação do sistema.
Durante o período enfrentado, os drones transportam medicamentos e amostras para locais remotos em Gana, Ruanda, Chile e Escócia. Além disso, a tecnologia vai entregar equipamentos de proteção e suprimentos para as equipes que estão na linha de frente do combate à pandemia em Charlotte, na Carolina do Norte.
A iniciativa faz parte de um projeto chamado Programa de Integração de Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas do Departamento de Transportes da Carolina do Norte (NCDOT). Drones também foram usados em várias cidades do mundo para monitorar a adesão dos residentes às medidas de proteção impostas. A China é um exemplo disso.
No ano passado, a transportadora DHL lançou um sistema de operações para realizar a entrega por drones. A empresa declarou que era uma estratégia para enfrentar os desafios de levar produtos aos consumidores em áreas remotas mais rápido. De acordo com eles, essa iniciativa traria uma economia de até 80% nos custos de cada entrega e diminuiria a emissão de gases em comparação com o transporte convencional.
Apesar dos benefícios, ainda há alguns obstáculos que devem ser enfrentados. Como apontado por Pacheco, o maior problema atual é a regulamentação para a adoção da tecnologia.
“Nos EUA e na China, as aprovações para o uso de drones para fins relacionados à Covid-19 foram rápidas. Mesmo funcionando em regime de exceção, seu uso abre portas para mais no futuro. Esta é uma oportunidade de mostrar aos reguladores, organizações e até cidadãos que os drones são uma solução útil para vários setores”, declara o analista.
As cidades também precisam resolver questões de privacidade. Um tribunal de Paris suspendeu o uso de drones para monitorar a adesão dos cidadãos às medidas de isolamento. Como justificativa, foi apontada a preocupação com os direitos das pessoas.
Além disso, deve-se ter planos que protejam a integridade dos equipamentos, garantindo que não sejam vítimas de vandalismo ou roubo. Ainda há muito o que discutir em relação ao assunto. Até lá, os drones devem continuar sendo usados para entrega de suprimentos e equipamentos durante a pandemia.