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O acordo entre as duas empresas foi assinado na segunda (15), mas deve ser colocado em prática somente em agosto depois dos ajustes nos seus sistemas para permitir a venda conjunta das passagens
O acordo de compartilhamento de voos anunciado está semana entre as companhias aéreas Azul e Latam não deve afetar os preços das passagens, afirmaram os presidentes da Azul, John Rodgerson, e da Latam, Jerome Cadier. Segundo eles, a parceria deve trazer mais facilidade para os passageiros, gerar aumento da procura e ajudar numa recuperação mais rápida para sair da crise causada pelo novo coronavírus. O acordo inclui 50 rotas domésticas que são complementares entre as duas empresas e que ligam as cidades de Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Campinas (SP), Curitiba (PR) e Guarulhos (SP). Nas rotas em que não há voos diretos, os passageiros poderão fazer um trecho com a Latam e outro com a Azul.
A compra do bilhete poderá ser feita no site da Latam ou da Azul. Além disso, ao fazer o check-in, o passageiro já receberá os dois cartões de embarque e só precisará retirar a bagagem no destino final.
“É uma alternativa para a gente compensar parte da queda tão brutal de venda, oferecer mais alternativas e conseguir operar mais. O que a gente quer é voltar a operar um volume parecido com o que tinha antes da crise. Isso ajuda que essa recuperação chegue um pouco mais rápida”, afirmou o presidente da Latam. A Azul vê a parceria com a Latam como uma possibilidade de chegar a mais destinos. Antes da pandemia, a empresa já era a que tinha maior abrangência nacional, com mais de cem destinos no país. Agora, a meta da empresa é ainda maior. “Queremos chegar a 200 cidades rapidamente. A parceria é uma forma de ajudar a recuperar a malha aérea brasileira”, afirmou o presidente da Azul.
O acordo entre as duas empresas foi assinado na segunda (15), mas deve ser colocado em prática somente em agosto, já que as duas companhias aéreas ainda precisam fazer ajustes nos seus sistemas para permitir a venda conjunta das passagens. O acordo ainda prevê que o passageiro poderá escolher em qual programa de fidelidade prefere acumular os pontos da viagem, no TudoAzul ou no LatamPass. O acordo, no entanto, vale apenas para o acúmulo, mas não para resgate de passagem de outra companhia. Rotas complementares ajudaram no acordo, os presidentes das duas empresas citaram o fato de a Azul e a Latam terem rotas complementares como um dos motivos para o acordo entre elas. “Além de ter menos sobreposição, a Latam atende mais destinos fora do Brasil. Nossas malhas se complementam dentro e fora do país. Foi natural juntar as ofertas”, afirmou Rodgerson, da Azul. Cadier, da Latam, afirmou que as rotas da companhia são mais parecidas com as da Gol, por isso a Azul foi uma opção melhor para o acordo de codeshare. “Como as redes são bem complementares, a gente consegue trazer uma oferta nova ao passageiro”, afirmou. Decisões independentes de malha aérea e preços. Os presidentes da Azul e da Latam afirmaram que o acordo não deve alterar a programação da malha aérea das duas companhias nem interferir na precificação das passagens. São dois pontos estratégicos que cada empresa continuará administrando de forma independente. Até por isso, os presidentes avaliam que não deverá haver questionamentos sobre uma possível concentração de mercado.
“O impacto em preço não é relevante, por isso a postura do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] desde 2016 é que não precisa notificar antes, porque não necessariamente existe concentração de mercado ou impacto em preço. O que existe é mais facilidade, opção, simplicidade e melhor serviço”, disse. A crise trouxe solução criativa Os presidentes de ambas as companhias aéreas admitiram que antes da crise, um acordo de codeshare entre as duas empresas seria difícil. “Se me perguntasse em janeiro, eu iria dizer provavelmente que não imaginava fechar um acordo desse com a Azul, mas em um momento de pandemia, em uma crise dessa que nunca ninguém imaginou que a gente fosse passar, temos de pensar fora da caixa”, afirmou o presidente da Latam.