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O momento mais duro da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus na zona do euro “provavelmente passou” – afirmou a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nesta sexta-feira (26).
“Mas não vamos voltar ao status quo. Vai ser diferente. A recuperação vai ser incompleta e transformadora”, acrescentou Lagarde.
Na Europa, uma cúpula extraordinária reunirá fisicamente os líderes dos 27 países da UE em Bruxelas nos dias 17 e 18 de julho, a fim de se chegar a um acordo sobre o plano de recuperação do bloco, que planeja tomar emprestado dos mercados 750 bilhões de euros (US$ 844 bilhões) em nome da UE.
“Não acho que eles cheguem a um acordo”, antecipou Lagarde, considerando que haverá “negociações intensas” e um “processo que continuará”.
Mas, “o que é muito especial é que, pela primeira vez, as políticas monetárias e orçamentárias andaram de mãos dadas” para conter o impacto do vírus, disse a ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Quando sairmos dessa crise, segundo Lagarde, a economia terá mudado”, companhias aéreas, hotéis e o setor de lazer” trabalharão “com diferentes formatos”, e “novas indústrias” surgirão.
Em maio, o crescimento dos empréstimos acordados pelos bancos da área do euro para o setor privado permaneceu em um nível alto, devido à falta de liquidez das empresas pela crise, segundo o BCE.