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Lideranças indígenas e organizações da sociedade civil realizam, nesta quarta e quinta-feira (18 e 19), um ato por justiça energética ao redor do Centro de Convenções do Amazonas – Vasco Vasques, em Manaus (AM). Por meio de lambes, projeções, cartazes e manifestações artísticas, o grupo pede por um plano para a transição energética justa e justiça climática para populações amazônidas.
Justiça energética é um conceito amplo que se refere à distribuição igualitária dos benefícios relacionados à energia, garantindo que todas as comunidades e povos tenham acesso a fontes de energia limpas e acessíveis.
O Centro de Convenções do Amazonas recebe, até esta quinta-feira, a Reunião do GT de Pesquisa e Inovação do G20, evento que reunirá lideranças dos países-membros do grupo das maiores economias mundiais, para discutir os desafios e as oportunidades de pesquisa e inovação na Região Amazônica.
O encontro ocorre paralelo à estiagem na Amazônia, onde pelo menos 990 mil pessoas não têm acesso ao serviço público de energia elétrica, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema).
“Historicamente, por muitos anos, as decisões são tomadas apenas por um grupo específico de pessoas, como homens brancos cis e heterossexuais, de classes econômicas privilegiadas. Então é preciso que nós, enquanto sociedade civil afetada diretamente por essas decisões, nos mobilizarmos para, no mínimo, sermos ouvidos por outras pessoas”, afirmou Doétiro Tukano, coordenador do Miriã Mahsã – Coletivo de Indígenas LGBTQIA+ do Amazonas.
“É inadmissível que em pleno 2024 esses homens, que não vivenciam a realidade da maior parte dos cidadãos, como no caso do Amazonas, que vive um colapso ambiental, com seca extrema e queimadas que estão adoecendo populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e pessoas que se encontram nas amazônias urbanas, como Manaus, decidam o rumo econômico de países como o Brasil”, acrescentou.
O ato é realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab); Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam); Makira E’ta – Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas; Miriã Mahsã – Coletivo de Indígenas LGBTQIA+ do Amazonas; Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam); Instituto de Ciências Periféricas (ICP); Grupo de Voluntários do Greenpeace Brasil; Puxirum do Bem Viver Manaus; Namaloca; Minha Manaus; Benevolência; Orígenas; Artistas Pelo Clima; Instituto de Direito Global (ID Global) e Cúpula dos Povos Rumo à COP 30, com o apoio da 350.org – organização não governamental, sem fins lucrativos, que trabalha pela mudança por um paradigma de democracia energética no Brasil e no mundo.
*Fonte: Blog do Hiel Levy