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Com o nível das águas baixando drasticamente, embarcações têm dificuldade para transportar produtos básicos para o interior.
O prefeito do município de Benjamin Constant (a 1.119 quilômetros de Manaus) e do G9, David Bemerguy, enviou um ofício ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e para a Defesa Civil do Amazonas alertando sobre o risco de desabastecimento na região da tríplice fronteira em virtude da vazante do Rio Solimões.
O G9 é um grupo que representa os interesses dos municípios da mesorregião do Alto Solimões. No documento, ele solicita um Estudo de Viabilidade de Dragagem, com a máxima urgência possível. Com o nível das águas baixando drasticamente, a dificuldade de navegação ameaça o transporte de produtos básicos para diversas cidades.
Segundo o gestor do Executivo municipal, representantes do DNIT já se comprometeram em averiguar a situação. “Em Brasília, contei com o apoio do senador Eduardo Braga para pedir providências diretamente ao DNIT. Conforme orientação do órgão, elaboramos um ofício explanando o problema. Dada a urgência da situação, já está certo que virão dois superintendentes do DNIT ainda este mês para fazer uma visita in loco no trecho entre Benjamin Constant e Tabatinga. A ideia é avaliar a viabilidade de dragagem nos pontos mais críticos”, afirmou David.
O Presidente do G9 também esteve com o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, para tratar da questão. A ideia é realizar em breve uma reunião entre os prefeitos do Alto Solimões e o Governo Estadual. O objetivo é alinhar ações e providências com a Defesa Civil do Amazonas.
De acordo com o ofício, a atual situação de estiagem promete ser mais severa do que em anos anteriores, com base em um alerta emitido pela Defesa Civil do Amazonas. O documento enviado ao diretor de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, Erick Medeiros, descreve uma situação preocupante.
“Segundo os dados da estação que monitora o nível do Rio Solimões, na cidade de Tabatinga – AM (Cod. da Est. Nº 10100000), o registro de hoje (17/07/2023) é de 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros), nesta mesma data, em 2021, o nível era de 7,60m (sete metros e sessenta centímetros); em 2022, era de 7,28m (sete metros e vinte e oito centímetros).”
À frente do Grupo de Município do Alto Solimões (G9), David conta que essas providências estão sendo tomadas para garantir o abastecimento de produtos em toda região.
“Como prefeito de Benjamin Constant e presidente do G9, sei que o problema também atinge Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença e outros municípios. Estamos aguardando a equipe do DNIT e a previsão é que os superintendentes cheguem dia 25 de julho no Alto Solimões para fazer o estudo de viabilidade da dragagem”, concluiu.
*Fonte: Amazonas1