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Presidente da Aleam, Roberto Cidade volta a questionar Azul Linhas Aéreas sobre preços abusivos para o Festival de Parintins

A 30 dias do início do Festival Folclórico de Parintins, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), voltou a chamar atenção para os preços abusivos cobrados para o trecho Manaus-Parintins/Parintins-Manaus pela empresa Azul Linhas Aéreas. O parlamentar relembrou ainda que a companhia aérea recebeu isenção sobre o combustível para aviação com o intuito de baratear os valores das passagens e reclamou da negativa da empresa em comparecer à Aleam para prestar esclarecimentos quanto aos valores cobrados por trecho durante o festival.
A Azul Linhas Aéreas deveria ter comparecido à Assembleia Legislativa, no mês passado, em audiência na Comissão de Transportes, Trânsito e Mobilidade para prestar esclarecimentos sobre os valores abusivos cobrados pelas passagens aéreas durante o Festival Folclórico de Parintins, no entanto, a companhia não mandou representante.
“Hoje, o Festival de Parintins é para poucos. Ir de avião para Parintins, durante o Festival, está custando em média R$ 2.297 cada trecho, ou seja, mais de R$ 4 mil pra e pra voltar. No período do Festival está mais barato ir para os EUA, para a Flórida, do que ir pra Parintins. Ano passado, ano retrasado eu falei sobre isso e todos os anos temos que falar nisso até que se chegue a um entendimento quanto ao valor”, afirmou.
Cidade relembrou que a Assembleia Legislativa aprovou mensagem enviada pelo Executivo que isentou o ICMS para o combustível da aviação com o objetivo de baratear o preço das passagens aéreas; no entanto, na prática não é o que vem acontecendo.
“Esta Casa deu isenção do ICMS para o combustível da aviação. As empresas que operam aqui têm esse benefício, no entanto, falham com a sua parte. As empresas têm que ter lucro, sim, mas ter um lucro cobrando preços absurdos a gente tem que questionar. Vamos reunir as comissões desta Casa, além da do Consumidor, e vamos fazer uma audiência pública com a Azul, a Anac e com as demais empresas aéreas para que se possa diminuir esse valor e os torcedores de Caprichoso e Garantido voltem a frequentar o Festival de Parintins pagando preços justos”, falou.
Aparteado pelos deputados Mayra Dias (Avante), Mário César Filho (UB) e Sinésio Campos, os parlamentares foram unânimes em afirmar que um vôo que dura entre 45 e 50 minutos não pode custar valor equivalente a vôos de maior duração, como para outros trechos nacionais e até internacionais.

“Nesta semana, a Azul anunciou mais vôos para Parintins, porém mesmo com maior quantidade de vôos, as passagens continuam sendo cobradas a valores exorbitantes para um trecho que dura, em média, 45 minutos. Nesse período de junho todo, as passagens estão um absurdo”, reclamou Mayra Dias.
“Esse é um evento popular e as pessoas estão tendo dificuldades em participar. Um vôo mais longo, que a aeronave vai consumir mais combustível muitas vezes custa o mesmo valor ou é mais barato do que um vôo para Parintins. A Azul e as outras operadoras precisam esclarecer o porquê disso já que está gastando menos combustível. Trata-se de um vôo doméstico e não internacional. Por que tão caro? Como justificar o aumento dessa passagem só no período do festival? Não pode ter preço abusivo. Preço abusivo é crime contra o consumidor”, reforçou Mário César Filho.
“É um momento de pensarmos sobre transporte aéreo em nossa região. O governo do Estado e esta Casa sanaram a questão do ICMS para o combustível da aviação e eles ficam se aproveitando. A Azul e todas as empresas que operam aqui têm que perceber que também há um interesse social no transporte aéreo para a nossa região. Não é só uma questão do consumidor, é também um apelo social que vossa excelência faz, deputado Roberto Cidade”, disse o deputado Sinésio Campos.

Atrasos e cancelamentos

Cidade destacou ainda que não se trata de um mau serviço disponibilizado apenas para Parintins, mas para muitos outros municípios do interior do Amazonas. Conforme o parlamentar, no domingo um vôo de Manaus para Tefé foi cancelado; na segunda foram cancelados os vôos de Manaus para Apuí e de Apuí para Manaus; e Tabatinga também tem sofrido frequentemente com atrasos e cancelamentos.
“A Azul, além de cobrar caro, tem deixado a população do estado do Amazonas na mão. Nos poucos lugares que ela tem linha semanalmente ela tem cancelado os vôos. Ela tem cancelado vôos em Tabatinga, Apuí, Tefé. As pessoas se programam, vão para o aeroporto e simplesmente a aeronave não vai. O intuito da isenção do ICMS para o combustível era para que isso não acontecesse mais, para que barateasse e eles cumprissem com suas obrigações. Esta Casa está e se manterá vigilante quanto a esse serviço tão essencial para o nosso Estado”, reforçou.

Diálogo com os professores

Durante o grande expediente desta quarta-feira, o presidente da Aleam voltou a falar do compromisso da Assembleia Legislativa na intermediação entre governo do Estado e profissionais da educação para que haja um entendimento. O movimento grevista já dura duas semanas
“Recebemos manifestações em relação à educação do nosso Estado e quero reforçar que o papel desta Casa sempre foi intermediar e que estamos, como sempre estivemos, abertos ao diálogo. Eu, como presidente, sempre atendi a todas as classes que vieram aqui. Na primeira manifestação que teve, abri a sessão, suspendi todos os trabalhos da Casa e fomos receber a comissão de educadores na Presidência. Eles pediram que nós intermediássemos um diálogo com o governo e foi o que aconteceu. Torço para que se chegue a um acordo, para que acabe a greve e que os nossos alunos voltem para as salas de aula. Reforço que estamos aqui sempre de portas abertas para dialogar e sempre respeitando as pessoas. Nós, os 24 deputados estaduais, estamos cumprindo o nosso papel e vamos continuar cumprindo”, finalizou o deputado presidente.

 

 

*Informações da Assessoria de Imprensa da Diretoria da ALEAM

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