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O aeroporto Ted Stevens, na cidade de Anchorage, no gelado estado do Alasca (EUA), tornou-se um dos mais movimentados do mundo durante a pandemia do novo coronavírus. Em alguns dias de abril e maio, o aeroporto chegou à liderança mundial, com o maior número de pousos e decolagens. No ano passado, o aeroporto teve apenas 5,7 milhões de passageiros, contra mais de 100 milhões do terminal de Atlanta, também nos Estados Unidos e o mais movimentado do mundo. Mas o foco do aeroporto de Anchorage não está na quantidade de passageiros, mas sim nas operações de carga.
Mesmo em tempos normais, o aeroporto do Alasca é um dos mais importantes para o transporte de carga. Na pandemia, ganhou ainda mais relevância. O fenômeno é explicado pelas operações de carga entre os Estados Unidos e a Ásia. O Alasca está no meio do caminho entre Nova York (EUA) e Tóquio (Japão).
Transporte de carga
Com a necessidade do transporte de equipamentos médicos e a diminuição dos voos de passageiros, aumentou a demanda pelos voos cargueiros. Muitos dos aviões que fazem a rota entre a Ásia e os Estados Unidos fazem uma parada técnica em Anchorage. Os sábados são os dias em que o aeroporto costuma liderar o ranking de pousos e decolagens. No mês passado, Anchorage registrou em um único dia 744 voos, contra 579 de Chicago e apenas 529 de Atlanta. “Sábado é um dia cheio para as operações de carga, mas também é o dia mais fraco para os serviços de passageiros”, afirmou Jim Szczesniak, gerente do aeroporto Ted Stevens.
Com foco no transporte de carga, o aeroporto do Alasca recebe majoritariamente aviões de grande porte. Durante a pandemia, o Antonov An-225, maior cargueiro do mundo, já fez alguns voos para Anchorage. No dia 11 maio, dos 150 Boeing 747 em voo, um terço tinha como origem ou destino o aeroporto Ted Stevens. Localização privilegiada Segundo a administração do aeroporto, Anchorage está a, no máximo, 9,5 horas de voos de 90% do mundo industrializado. Isso faz com que seja um bom ponto de parada especialmente nas rotas entre os Estados Unidos e a Ásia.
Em voos de passageiros, os aviões comerciais têm autonomia suficiente para fazer o voo sem escala. Nas operações cargueiras, no entanto, muitas vezes a autonomia é diminuída para poder aumentar o peso da carga. Os aviões têm um peso máximo de decolagem e de pouso. Para levar mais carga, é necessário reduzir a quantidade de combustível, o que reduz a autonomia e obriga o avião a fazer uma escala para reabastecimento. “A vantagem de Anchorage é que os aviões podem voar cheios de carga, e com menos combustível. Eles voam para Anchorage, reabastecem e depois seguem para seu destino”, afirmou o gerente do aeroporto.