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Devido a uma articulação do senador Eduardo Braga (MDB) junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a travessia de caminhões e carretas voltou a fluir sem filas na rodovia BR-319 nos trechos fluviais entre o Porto da Ceasa e o Careiro da Várzea e sobre o Rio Igapó-Açu, no Km 260. Devido à estiagem, caminhoneiros enfrentavam congestionamento de até 14 quilômetros e espera de oito dias para atravessar por balsa pelo Igapó-Açu. A espera para percorrer o percurso entre a Ceasa e o Careiro da Várzea durava até três dias.
A adoção de medidas emergenciais conteve os prejuízos para economia e afastou o risco de desabastecimento de gêneros alimentícios e de combustíveis pra Manaus Boa Vista e Porto Velho, bem como assegurou o fluxo de componentes e escoamento da produção do Distrito Industrial de Manaus.
“Há 20 dias, enviei uma equipe para acompanhar de perto a situação da travessia do Igapó-Açu e ficamos impressionados com as filas que se formavam em cada lado do rio”, comentou Eduardo Braga. “O resultado está aí. Hoje, a situação está quase normal. Ainda temos muito a fazer até que essa estrada não seja mais motivo de notícias ruins”, completou.
Medidas
Entre as medidas tomadas no trecho Ceasa-Careiro está o funcionamento de embarcações apropriadas para fazer o translado de caminhões e carretas em horário estendido. A balsa passou a operar durante a noite carregando em média oito a 14 bitrens, diminuindo o tempo de embarque de 75 minutos para 20 minutos.
Em caráter de emergência, a Antaq autorizou a Aiub Turismo Ltda a operar na região pelo prazo de 180 dias. “Deferir o pedido de outorga de autorizar para operar como empresa brasileira de navegação – EBN, na prestação de serviços de transporte de passageiros e veículos, na navegação interior de travessia em diretriz de rodovia federal BR-319, na Região Hidrográfica Amazônica, sobre os rios Negro e Solimões, entre os municípios de Manaus/AM e Careiro da Várzea/AM”, especificou o documento (DELIBERAÇÃO-DG Nº 91/2024), assinado pelo diretor-geral, Eduardo Nery Machado Filho.
Já sobre o Igapó-Açu, o trecho mais crítico, foram feitas obras de desbaste e rebaixamento do aclive das encostas do rio, com instalação de rampa e asfaltamento para impulsionar a tração dos veículos pesados. Para complementar o trabalho dos barcos empurradores, foi instalado um cabo de aço, também chamado de cabo guia, para agilizar a travessia. Além disso, para que as operações continuassem funcionando à noite, o DNIT instalou as estruturas de iluminação nos dois lados do Igapó-Açu e a concessionária Amazonas Energia operacionalizou a transmissão.
A balsa que atravessa o Igapó-Açu faz o translado com três veículos por vez. Não é possível aumentar a carga porque o peso dos caminhões e carretas causa o encalhe devido ao baixo nível da água.
Segundo o gerente regional Antaq, João Maria Ferreira, a principal demora na travessia do Igapó-Açu é justamente a tração dos veículos pesados. “Alguns caminhões bitrens têm que ser puxados por uma máquina porque não tem força para subir. Às vezes até duas máquinas pesadas são usadas para tirar ele da ladeira, e isso causa demora na fila”, disse.
Benefícios para população
A região da BR-319 sobre o Rio Igapó-Açu fica localizada na confluência entre os municípios de Beruri, Borba, Tapauá e Manicoré. As medidas tomadas pelos órgãos para resolver o problema geraram benefícios para caminhoneiros, comerciantes e a população tanto de Manaus quanto de Porto Velho e de Boa Vista.
O caminhoneiro Neidson Silva comemorou a volta do fluxo de caminhões e carretas sem as filas de oito dias. “Uma semana atrás estava um caos aqui, uma situação caótica mesmo. Agora com os cabos e a rampa que foi feita, e a balsa trabalhando 24 horas, não tem fila. Aqui a situação normalizou”, disse.
A comerciante Nilda Castro, que possui um estabelecimento nas proximidades da travessia do Igapó-Açu, também agradeceu e pediu a construção de uma ponte no local. “Estava um desespero, mas graças a Deus já conseguiram passar para lá e conseguiram passar para cá. Senador Eduardo Braga, estamos precisando da ponte do Igapó-Açu”, enfatizou.
*Fonte: Blog do Hiel Levy